Quando descobri que vivia em extremos, não fui capaz de compreender e achei que era besteira, mas com o passar do tempo, ao passo em que fui me adaptanto a uma realidade totalmente diferente da qual estava acostumada pude entender.
Nunca entendi porque palavras me machucavam tanto mais que uma surra, quando mamãe brigava comigo, por exemplo. Nem como palavras me curavam ao ponto de dar pulos de felicidade. Bom, isso não mudou muito. Cresci, mas muitas coisas não mudaram uma vírgula. Acredito que seja bom, pelo menos pra mim, para a minha existência. Isso me torna diferente, desigual, especial.
Às vezes, escuto uma música que me faz lembrar de situações não muito legais e choro, outras escuto a mesma música e me sinto a mais feliz das pessoas por ela me lembrar, também, de coisas, pessoas ou simplesmente por um acontecimento especial.
Sei que tudo isso dá a impressão de que nada faz sentido, daí tiro uma lição: o nada é sem sentido, pois cabe à você dar sentido ao nada.